Site icon Zeca do PT

Rota Bioceânica deve abrir mercado de 180 milhões de consumidores

Instalação da Frente da Rota Bioceânica na Alems
Instalação da Frente da Rota Bioceânica na Alems
Instalação da Frente da Rota Bioceânica na Alems

A Rota Bioceânica deverá gerar mercado de 180 milhões de consumidores por meio de novos fluxos de comércio. O número foi informado pelo ministro de Carreira Diplomática de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, que palestrou durante o evento de instalação da Frente Parlamentar para o Acompanhamento da Implantação da Rota Bioceânica. A reunião, realizada nesta quinta-feira (21) no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), foi proposta pelo deputado Zeca do PT, coordenador da Frente Parlamentar, e contou com a presença de ex-governadores e do atual chefe do Executivo Estadual, Eduardo Riedel.

“O Corredor abrirá um mercado de 180 milhões de consumidores, ao integrar módulos logísticos já existentes e permitir uma movimentação de cargas mais eficiente”, afirmou Parkinson. “O corredor não se limita a transporte. É uma plataforma de desenvolvimento econômico e social local. É algo muito amplo e profundo”, completou. Entre outros alcances comerciais da Rota Bioceânica, o ministro mencionou exportações de carne para o Peru, Equador e Colômbia, a menor custo e tempo, e movimentação de cargas pelo Chile.

O projeto da Rota está avançado e uma das mais importantes obras, a Ponte Carmelo Peralta-Porto Murtinho, estará concluída no primeiro trimestre de 2025, segundo informou o ministro Parkinson. Além disso, o último trecho da Transchaco, de 220 quilômetros, foi licitado e as obras começam no segundo semestre de 2023. Do lado do Brasil, o processo licitatório para construção de rodovia em Mato Grosso do Sul, com investimento superior a R$ 300 milhões, inicia-se no próximo mês, conforme disse a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que também participou do evento.

Em relação aos ganhos econômicos com a exportação via Oceânico Pacífico pelos portos chilenos, Parkinson afirmou que a redução estimada no tempo de viagem é de 23% ou de 12 dias se comparado com o escoamento pelo Porto de Santos. “Em Santos, os navios demoram em média quatro vezes mais tempo em fundeio, atracação e movimento da carga do que em Antofagasta [no Chile]”, detalhou.

O ministro teceu outras comparações que dimensionam as vantagens da Rota Bioceânica. “Quando a mercadoria chilena entra no Brasil por via terrestre, por meio de São Borja ou Uruguaiana (RS), percorre 4.516 quilômetros para chegar a Campo Grande. Com a Rota Bioceânica, a mesma origem e destino, será percorrida em 2.396 quilômetros”, comparou. São 2.120 quilômetros a menos.

Os caminhos pela Argentina e pelo Paraguai também serão mais curtos e econômicos. “Mercadorias argentinas procedentes de Salta para Campo Grande entram pelo sul do Brasil, percorrendo 4.049 quilômetros. A Rota Bioceânica permitirá que a mesma origem-destino seja percorrida diretamente em 1.966 quilômetros”, citou o ministro. “Os produtos paraguaios exportados por via terrestre ingressam no Brasil por Foz do Iguaçu. A distância percorrida é de 1.512 quilômetros. No entanto, ao usar o Corredor, fica reduzida a 730 quilômetro”, acrescentou.

Texto: Agência Alems
Edição: Éder F. Yanaguita
Fotos: Ernesto Franco
Exit mobile version