Representantes das bancadas federal, estadual e campo-grandense do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul estiveram hoje (9) na sede da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em Campo Grande, para cobrar o cumprimento da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou que os acampamentos golpistas na frente de quartéis sejam desmontados no prazo de até 24 horas.
O deputado federal Vander Loubet, o deputado estadual eleito Zeca do PT, o vereador Ayrton de Araújo e a suplente de vereadora Luiza Ribeiro foram recebidos pelo titular da Sejusp, Antonio Carlos Videira.
Na ocasião, os representantes do PT-MS apresentaram ao secretário um requerimento no qual pedem o imediato cumprimento da decisão de Moraes. O documento foi assinado também pela vereadora e deputada federal eleita Camila Jara (cujo advogado acompanhou a reunião) e pelos deputados estaduais Amarildo Cruz e Pedro Kemp.
Vander, Zeca, Ayrton e Luiza pontuaram a Videira que os atos terroristas praticados em Brasília na tarde de domingo requerem uma atuação forte e conjunta de todos os governadores da Federação e destacaram que os acampamentos golpistas – como o que existe em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), na Capital – foram a semente para a mobilização e organização do terror visto na Capital Federal, daí a necessidade que sejam desmontados e desmobilizados.
Videira afirmou aos parlamentares que o caos visto em Brasília ontem ultrapassou todos os limites aceitáveis dentro da democracia e que compartilha do repúdio divulgado pelo governador Eduardo Riedel, que deve chegar hoje a Brasília para a reunião organizada por governadores e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do episódio de domingo.
O secretário de Justiça e Segurança Pública também destacou à bancada do PT-MS que a decisão do ministro Alexandre de Moraes será cumprida e que os preparativos para essa ação estão em andamento.
Na saída da reunião, Vander e Zeca afirmaram terem confiança nas ações que serão tomadas pela Sejusp e frisaram que também devem procurar o Ministério Público Federal (MPF) para cobrar a investigação e punição dos financiadores do acampamento no CMO e das caravanas sul-mato-grossenses que estiveram em Brasília durante os atos terroristas, que culminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes da República – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.