Minhas amigas, meus amigos, na manhã desta segunda-feira estivemos na sede da Famasul, em Campo Grande, para uma agenda que contou com a presença do deputado federal Vander Loubet, do meu colega deputado estadual Pedro Pedrossian Neto e do secretário Eduardo Rocha, representante do Governo de Mato Grosso do Sul, além do presidente da própria Famasul, Marcelo Bertoni.
Discutimos uma pauta a ser levada para o governo do presidente Lula no sentido buscar um encaminhamento efetivo para a solução dos conflitos agrários envolvendo os povos indígenas e os produtores rurais aqui no Mato Grosso do Sul.
Na quarta-feira, 10 de maio, já estão marcadas reuniões em Brasília com a ministra Simone Tebet e com ministro Paulo Teixeira. Aguardamos, ainda, a confirmação de agenda com ministro Alexandre Padilha. Estaremos lá para dialogar com essas lideranças sobre a nossa pauta.
Nosso objetivo é muito claro: colocar em prática uma proposta concreta que seja capaz de atender a demanda dos povos indígenas do nosso estado, particularmente os Terena e os Guarani-Kaiowá. Ao mesmo tempo, atender os interesses daqueles que ocupam as terras, eventualmente ditas como terras indígenas, mas que são proprietários de boa fé, que adquiriram as terras e estão a dezenas – alguns centenas – de anos fazendo investimentos nessas propriedades.
Um exemplo bem característico dessa situação é a Fazenda Inho, da família do companheiro Raul, ocupada no mês retrasado em Rio Brilhante. O primeiro título de propriedade da terra data de 1854, expedido pela então Província de Mato Grosso, com a anuência do então Império do Brasil. Trata-se de uma situação que gera intranquilidade e insegurança jurídica.
Queremos acabar com os conflitos, queremos paz no campo, conciliando os interesses e direitos dos produtores rurais, dos trabalhadores rurais sem terra e dos povos indígenas. Esse é o debate que queremos fazer junto ao Governo Federal.