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Após celebrarem nas redes sociais a designação do sul-mato-grossense Dionedison Terena para integrar o Grupo Técnico de Povos Originários no governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Vander Loubet e o deputado estadual eleito e ex-governador Zeca do PT se reuniram com a liderança indígena para discutir sua participação na transição.

Dionedison é natural da Aldeia Bananal, em Aquidauana, e é o atual coordenador do Setorial de Assuntos Indígenas do PT-MS, além de membro do Setorial Nacional de Assuntos Indígenas do PT. Foi assessor de Zeca em seu mandato de deputado federal (2015-2019) e atualmente está ligado ao mandato de Vander.

Na reunião, os parlamentares apontaram para Dionedison pautas que precisam ser defendidas junto ao novo governo.

“Embora a gente sempre veja no noticiário que nosso estado tem a segunda população indígena do país, o fato é que já há fontes que apontam que esse cenário mudou e que na verdade somos o estado com a maior população indígena. Por isso, é fundamental que tenhamos gente nossa dentro da transição trabalhando em defesa dos interesses dos povos originários de MS”, destaca Vander.

Zeca do PT foi enfático ao defender a melhoria da estrutura de apoio aos povos indígenas no estado. Para ele, a condição de MS ter a maior população indígena do Brasil não se reflete nas questões de políticas públicas.

“Não tem cabimento que tenhamos apenas um Dsei [Distrito Sanitário Especial Indígena] enquanto que nosso vizinho Mato Grosso tenha quatro. Por isso, vamos defender que tenhamos pelo menos duas unidades de Dsei no estado, um em Aquidauana e outro em Amambai, de maneira que possamos descentralizar e melhorar o atendimento aos povos indígenas do nosso estado”, pontua o deputado estadual eleito.

Além de dois Dsei, Zeca, Vander e Dionedison discutiram sobre outras questões que precisam ser debatidas dentro do GT de Povos Originários para atender Mato Grosso do Sul. Entre essas questões estão a regularização do atendimento médico e do fornecimento de medicamento nas aldeias; a implantação de um programa de saneamento básico nas aldeias, com foco na construção de poços artesianos e instalação ou ampliação da rede de abastecimento de água; e a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai), com dotação orçamentária para um programa de calcareamento do solo e fornecimento de sementes e óleo diesel para apoiar a produção de subsistência nas aldeias.

(Texto e fotos: Éder F. Yanaguita)